Estudo de investigadores holandeses, publicado no American Journal of Clinical Nutrition revela que químico presente nas batatas fritas, alguns bolos, e até café, aumenta o risco de cancro do rim, em particular em fumadores.
O consumo de grandes quantidades de acrilamida, um químico presente nas batatas fritas, alguns bolos e até café, pode aumentar o risco de cancro do rim, especialmente em fumadores, indica um estudo de um grupo de investigadores holandeses.
"Este é o primeiro relatório que encontra uma relação positiva entre uma dieta com acrilamida e cancro nas células renais", disse o autor do estudo, Janneke Hogervorst, publicado na edição de Maio da American Journal of Clinical Nutrition.
A Agência Internacional para a Investigação do Cancro classificou, em 1994, a acrilamida como uma causa provável de cancro.
Os vários estudos realizados desde essa data indicavam que a principal forma de exposição a este químico era ambiental, através da inalação de fumo de cigarros e, em menor escala, de cosméticos.
Em 2002, cientistas suecos encontraram a acrilamida em alimentos ricos em hidratos de carbono cozinhados a altas temperaturas, incluindo as batatas fritas.
A investigação do grupo holandês recolheu informação de um estudo dos hábitos alimentares e os casos de cancro na Holanda, que incluía 120 mil pessoas, homens e mulheres, entre os 55 e 69 anos.
O grupo foi acompanhado durante 13 anos, tendo os cientistas se concentrado nos casos de cancros do rim, bexiga e próstata. Do grupo estudaram os hábitos alimentares de 5.000 pessoas.
A média de acrilamida consumida por dia era de 21,8 microgramas, um pouco menos do que as 709 gramas das batatas fritas.
O consumo de uma média de 40,8 microgramas por dia de acrilamida aumenta em 59 por cento o risco de um cancro do rim.
Para a maioria das pessoas, a fonte de consumo da acrilamida era através do café.
Mas a maior fonte de consumo do químico era através de um popular bolo apimentado holandês.
Por cada 10 microgramas adicionais de acrilamida, o risco de cancro do rim aumentava 10 por cento, indicam os mesmos investigadores.
Especialistas aplaudiram este estudo sobre a acrilamida, mas consideram que é necessária mais investigação, defendendo que é importante apurar exactamente em quanto o químico aumenta o risco de cancro.
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Pois é. Todos sabemos o que fazemos mal feito. E mudar? Os hábitos são difíceis de quebrar. Informação não falta, falta é vencer a inércia. Os nossos filhos pagarão a factura da nossa falta de vontade:(
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