segunda-feira, 6 de outubro de 2008

60 por cento dos portugueses com perímetro abdominal elevado

Sete em cada dez portugueses tem um IMC elevado e um em cada seis tem perímetro abdominal aumentado. Ambos são factores de risco de doenças coronárias. Um homem com mais de 100 cm de perímetro abdominal começa a entrar no grupo de risco, e as mulheres com perímetro abdominal acima de 85 cm acontece o mesmo. Este risco está ligado à gordura intraintestinal acumulada que, está comprovado, tem ligação directa com a ocorrência de problemas cardíacos.

Um projecto de rastreios está a percorrer Portugal, com o objectivo de traçar o diagnóstico do risco cardiovascular dos portugueses. O estudo chama-se "Coração Seguro" e os primeiros resultados foram apresentados em Novembro, no âmbito do 8º Simpósio Anual da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC).

Com 4600 pessoas avaliadas em 156 centros de saúde, os primeiros resultados revelam que 60 por cento dos portugueses têm perímetro abdominal elevado e 70 um índice de massa corporal acima do considerado normal. Embora a média etária dos participantes seja elevada (cerca de 60 anos), estas conclusões preliminares levaram a FPC a reiterar o apelo aos portugueses para que "coloquem a promoção de saúde e a prevenção das doenças cardiovasculares nas prioridades da sua vida pessoal".

A par do tabagismo e sedentarismo, a obesidade é um dos factores que mais contribui para as doenças de coração. No caso do colesterol, outro dos parâmetros avaliados no rastreio, os dados são ainda mais procupantes: 60 por cento dos portugueses sabe que tem o colesterol elevado, mas só metade faz uma medicação para reduzi-lo. E "apenas 20 por cento tem resultados favoráveis", constata Luís Negrão, médico de Saúde Pública da FPC e responsável pelo projecto.

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