sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Dia Mundial da Alimentação

Alexandra Bento, Presidente da Associação Portuguesa Nutricionistas:

Como prevenir é o melhor remédio, é importante conhecermos o nosso estado nutricional e ter um padrão alimentar saudável. Assim, na quinta-feira, para celebrar o Dia Mundial da Alimentação, que tal fazer um check-up? 

A alimentação é reconhecida como um dos principais determinantes da saúde. Em Portugal, tal como no resto do mundo, as principais causas de morte e de perda de anos de vida reflectem uma alteração dramática nos hábitos alimentares, como resultado dos fenómenos de industrialização, urbanização, desenvolvimento económico e globalização do mercado. 

Nas designadas sociedades da abundância, a prevalência da obesidade e de outras doenças crónico-degenerativas têm vindo a aumentar rapidamente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, se nada se fizer para prevenir ou tratar a obesidade, mais de metade da população mundial será obesa no ano de 2025. No que diz respeito à diabetes, a previsão global aponta para que a prevalência duplique de 171 milhões (em 2000) para 366 milhões em 2030. Estima-se também que a mortalidade por cancro atinja, em 2030, cerca de 11,4 milhões de pessoas. 

O estilo de vida e, particularmente, os hábitos alimentares, desempenham um papel preponderante no aumento destas condições crónicas. Sabe-se que 80% dos casos de doenças cardiovasculares, 90% dos casos de diabetes mellitus tipo 2 e 33% dos casos de todos os tipos de cancro poderiam ser evitados pela adopção de estilos de vida saudáveis, nomeadamente através de mudanças benéficas nos hábitos alimentares, da prática regular de exercício físico e da cessação dos hábitos tabágicos. 

Os principais factores de risco na base do desenvolvimento destas condições crónicas incluem a hipertensão arterial, hipercolesterolemia, excesso de peso, sedentarismo, fraco consumo de horto frutícolas, elevado consumo de sal, de gordura saturada e ácidos gordos trans. Todos estes factores podem ser modificados através da alimentação. 

A alimentação saudável promove a saúde e previne a doença. É uma forma racional de comer que assegura variedade, equilíbrio e quantidade justa de alimentos, que devem ser escolhidos pela sua qualidade nutricional e higiénica e que são submetidos a benéficas manipulações culinárias. Os princípios da alimentação saudável são transmitidos pela Roda dos Alimentos, que é, por excelência, o guia alimentar da população portuguesa. 

Como prevenir é o melhor remédio, será importante conhecermos o nosso estado nutricional e adoptarmos um padrão alimentar saudável. Assim, no próximo dia 16, para celebrar o Dia Mundial da Alimentação, entendeu a Associação Portuguesa dos Nutricionistas realizar check-ups ao Índice de Massa Corporal (IMC) em alguns hospitais, centros de saúde e outras instituições, de norte a sul do País, com o objectivo de diagnosticar, informar e aconselhar os portugueses em matéria de alimentação saudável, contribuindo não só para a prevenção da obesidade mas também para a prevenção de outras doenças relacionadas com uma alimentação desequilibrada. 



sábado, 15 de novembro de 2008

Resveratrol

É antioxidante, anti-inflamatório, regula a saúde reprodutiva do homem e da mulher. O resveratrol, um dos 200 polifenóis do vinho, pode ser a razão inconsciente por que nos sentimos tão felizes depois de bebê-lo.

O chamado "paradoxo francês" refere-se ao facto de as pessoas em França terem baixos índices de doenças do coração, apesar de exagerarem na manteiga ou fumarem como
chaminés. Acredite ou não, o fenómeno foi pela primeira vez notado em 1819 pelo médico irlandês Samuel Black. Por exemplo, o francês médio consome 108 gramas por dia de gordura animal em 2002, enquanto que o americano consome 72. Os franceses comem quatro vezes mais manteiga, 60 % mais queijo e qua se três vezes mais carne de porco.
Definitivamente adoram gordura! Quem pode condená-los? A gordura sabe bem. E com a descoberta de um novo receptor de gordura no paladar, publicado no Journal of Clinical Nutrition, faz todo o sentido sermos tão viciados no sabor da gordura.

Uvas e vinho tinto
Então o que explica este bizarro paradoxo de comer muita gordura e ter uma boa saúde cardiovascular, e talvez até melhores índices globais de saúde? Meus amigos… é o vinho. Especifica mente, o ingrediente activo no vinho tinto chamado resveratrol. Este impressionante ingrediente encontra-se nas uvas. Aliás, o vinho tinto é bem conhecido
pelos seus efeitos na longevidade das bactérias, dos vermes, das moscas. É um princípio: os cientistas estão sempre a estudar estes organismos "simples" antes de avançar para a espécie hominídea mais complicada (isto é, nós).

Saúde feminina
O vinho tinto também tem revela do efeitos anti-cancerígenos e anti-inflamatórios.
Mais importante ainda, este ingrediente pode ter efeitos significativos na saúde feminina. Resveratrol e transresveratrol (a versão 'trans' tem uma estrutura molecular diferente) são fitoestrogénios potentes, presentes na pele das uvas, de outros alimentos à base de plantas e no vinho. Como deve saber, os fitoestrogénios são componentes não-esteróides, de origem vegetal, que são funcional e estruturalmente semelhantes aos estrogénios esteróides, como o estradiol, produzido pela mulher. As hormonas geralmente usadas na terapia hormonal de substituição podem causar efeitos adversos graves, incluindo AVC, problemas na vesícula biliar e outras complicações como cancro do útero, endométrio e da mama. Um copo por dia Onde entra então o resveratrol? Não é só para mulheres. Existem estudos com animais que revelam que a contagem de esperma e a testosterona no plasma aumenta com o consumo de resveratrol. Argumentos suficientes para recomendar um copo de vinho tinto por dia para todos aqueles que querem melhorar saúde e bem-estar.

O QUE É?
Quimicamente, é um fitoalecino polifenólico. Encontra-se na pele das uvas pretas e no vinho tinto. 
COMO ACTUA?
O resveratrol mostrou ter inúmeros benefícios. É anti-cancerígeno, antienvelhecimento,
anti-inflamatório e protege a saúde cardiovascular.


E esta hein?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Químico nas batatas fritas e bolos aumenta risco de cancro

Estudo de investigadores holandeses, publicado no American Journal of Clinical Nutrition revela que químico presente nas batatas fritas, alguns bolos, e até café, aumenta o risco de cancro do rim, em particular em fumadores.

O consumo de grandes quantidades de acrilamida, um químico presente nas batatas fritas, alguns bolos e até café, pode aumentar o risco de cancro do rim, especialmente em fumadores, indica um estudo de um grupo de investigadores holandeses.   
  
"Este é o primeiro relatório que encontra uma relação positiva entre uma dieta com acrilamida e cancro nas células renais", disse o autor do  estudo, Janneke Hogervorst, publicado na edição de Maio da American Journal of Clinical Nutrition.   
  
A Agência Internacional para a Investigação do Cancro classificou, em 1994, a acrilamida como uma causa provável de cancro.    
  
Os vários estudos realizados desde essa data indicavam que a principal forma de exposição a este químico era ambiental, através da inalação de fumo de cigarros e, em menor escala, de cosméticos.   
  
Em 2002, cientistas suecos encontraram a acrilamida em alimentos ricos em hidratos de carbono cozinhados a altas temperaturas, incluindo as batatas fritas.   
   
A investigação do grupo holandês recolheu informação de um estudo dos hábitos alimentares e os casos de cancro na Holanda, que incluía 120 mil pessoas, homens e mulheres, entre os 55 e 69 anos.   
  
O grupo foi acompanhado durante 13 anos, tendo os cientistas se concentrado nos casos de cancros do rim, bexiga e próstata. Do grupo estudaram os hábitos alimentares de 5.000 pessoas.   
  
A média de acrilamida consumida por dia era de 21,8 microgramas, um pouco menos do que as 709 gramas das batatas fritas.   
  
O consumo de uma média de 40,8 microgramas por dia de acrilamida aumenta em 59 por cento o risco de um cancro do rim.
  
Para a maioria das pessoas, a fonte de consumo da acrilamida era através do café.
  
Mas a maior fonte de consumo do químico era através de um popular bolo apimentado holandês. 

Por cada 10 microgramas adicionais de acrilamida, o risco de cancro do rim aumentava 10 por cento, indicam os mesmos investigadores.   
  
Especialistas aplaudiram este estudo sobre a acrilamida, mas consideram que é necessária mais investigação, defendendo que é importante apurar exactamente em quanto o químico aumenta o risco de cancro.

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Pois é. Todos sabemos o que fazemos mal feito. E mudar? Os hábitos são difíceis de quebrar. Informação não falta, falta é vencer a inércia. Os nossos filhos pagarão a factura da nossa falta de vontade:(

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Deco quer restrições a publicidade de alimentos sem valor nutricional

13 de Março de 2008

Lisboa, 13 Mar (Lusa) - A associação de defesa do consumidor DECO quer que sejam aplicadas restrições à publicidade de alimentos sem valor nutricional, particularmente os destinados a crianças, disse hoje à Lusa Fernanda Santos, coordenadora do departamento de formação da DECO.

"Quando se trata da saúde das crianças, esta deve ser salvaguardada, e devem ser tomadas medidas para restringir este marketing e esta publicidade. O objectivo é que sejam lançadas medidas restritivas em relação à publicidade que é dirigida às crianças, a nível do conteúdo das mensagens comerciais e da quantidade de anúncios", afirmou Fernanda Santos no lançamento de uma campanha nacional de alerta sobre o marketing alimentar.

Fernanda Santos adiantou que a campanha pretende "alertar para o marketing que é dirigido às crianças e que promove essencialmente produtos com muito pouco interesse nutricional, produtos que são ricos em sal, gordura, açucar, e que deviam ter um consumo muito reduzido e muito moderado numa dieta alimentar equilibrada e saudável".

A iniciativa da DECO, que passa pela distribuição de informação e de uma peça de fruta, apela a um marketing alimentar mais responsável, insere-se numa campanha de âmbito internacional, promovida pela Consumers International (federação mundial das associações de consumidores), para assinalar, Sábado, o Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores.

Hoje, para além de Lisboa a Deco promove a campanha também em Viana do Castelo, Porto, Coimbra, Santarém, Évora e Faro.

Para Maria Natividade Martins, uma avó sensibilizada com a iniciativa, "a mudança devia começar pelos pais, mas estes não têm tempo de conversar com as crianças, de maneira que optam pelo mais prático".

Marta Ferreira, que recebeu também informação e uma peça de fruta da DECO, "há produtos que dizem que são saudáveis e depois a composição nutricional não é bem assim".

Para José Pinto, é preciso "começar a escolher produtos que se integrem numa alimentação saudável. Antes tinhamos a dieta mediterrânica e hoje perdemos um pouco esse hábito".

"Tentar induzir as crianças a comer mais sopa, menos doces, salgados, fritos, talvez seja o caminho certo para termos crianças mais saudáveis", concluiu.

ARJ

Lusa/Fim

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Uma em cada três crianças portuguesas têm excesso de peso e serão provavelmente adultos obesos.



quinta-feira, 9 de outubro de 2008

15 alimentos que rejuvenescem

Sabia que o chocolate preto é um deles? Descubra os outros!
 



De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS), 5,3 milhões de mortes poderiam ser evitadas anualmente através da alimentação, e nada mais.
O segredo da eterna juventude encontra-se na nossa despensa. Basta modificarmos os nossos hábitos para vivermos mais anos e em melhores condições de saúde e bem-estar. Tome nota.
Neste artigo vamos falar-lhe de alimentos que, apesar de não evitarem a morte, prolongam a vida!

Na verdade, e segundo os especialistas da área de nutrição, é possível prevenir uma série de problemas  com base numa alimentação correcta e equilibrada, entre eles, o cancro, problemas de ossos, de visão...


Vegetais, fruta, peixe e até chocolate! São alguns dos alimentos que, para além de a manterem saudável, lhe dão anos de vida. Saiba, um a um, quais os alimentos que a mantêm jovem por dentro e por fora!


1. Kiwi

Originário da China, contém ácido propeolítico, que melhora a circulação e ajuda a combater o chamado mau colesterol (LDL). Possui uma enzima chamada actidina, que ajuda a digerir as proteínas.

O seu conteúdo elevado de vitamina C ajuda a prevenir constipações. A vitamina C é um antioxidante que elimina os radicais livres e desempenha um papel fundamental no combate ao envellhecimento.

Contém uma quantidade considerável de fibra, potássio, ferro, fósforo, cálcio, magnésio e crómio, que têm um papel muito importante na prevenção de doenças cardíacas.


2. Abacate

Tem 10 vitaminas, entre elas, a vitamina E e o ácido fólico (B9), e glutatião, um derivado proteico com acção antioxidante (combate a degeneração celular).

Contém 10 ácidos gordos, dos quais cinco são mono e poli-insaturados, com destaque para o ómega-9, ómega-7, ómega-6 e ómega-3, sendo este último protector contra o cancro.

Também contém sitosterol, que previne a acumulação de colesterol. Possui, para além disso, aminoácidos essenciais (arginina, fenilalanina, lisina...), fundamentais ao normal funcionamento do organismo.


3. Tomate

Para além de estar bem provido de vitaminas, minerais e flavonóides, contém licopeno, um dos antioxidantes mais poderosos, que lhe dá a cor vermelha e tem 'um papel antioxidante activo na degenerescência celular que conduz ao envelhecimento', explica o nutricionista Tiago Osório de Barros.

Fortalece as paredes celulares, depura o organismo de substâncias tóxicas e aumenta as defesas.

Previne o aparecimento de doenças do coração e dos seus vasos sanguíneos, é  benéfico para a visão e melhora a saúde do sistema nervoso.


4. Presunto

O presunto protege o coração e reduz o colesterol, desde que não seja excessivamente gordo nem demasiado salgado.

Os seus ácidos gordos monoinsaturados e o ácido oleico previnem as doenças cardiovasculares. Tem cerca de 40% de proteínas, pelo que pode substituir a
carne nas refeições, sendo importante na formação da massa muscular.

Tem vitamina E, um potente antioxidante. Também é rico em cobre (essencial para os ossos e cartilagens)
, ferro e fósforo.


5. Brócolos

O zinco que contêm favorece a função da próstata e a qualidade do esperma.

Muito ricos em luteína, reduzem ligeiramente os efeitos da degenerescência macular da idade (DMI).

São ideiais para grávidas, convalescentes, pessoas anémicas, etc... por causa do elevado aporte de ácido fólico e ferro. Actuam como fitoestrogénios na menopausa (tal como a soja).


6. Espinafres

Têm provitamina A e vitaminas C e E, todas elas antioxidantes. São uma fonte inesgotável de vitaminas do grupo B, como folatos, B2, B6, B3 e B1, que possuem uma acção anti-envelhecimento pelo seu papel como co-factores enzimáticos.

Relativamente ao seu conteúdo mineral, os espinafres são ricos em ferro, magnésio, potássio, sódio, fósforo e iodo. Para além das vitaminas, são ricos noutras substâncias antioxidantes como o glutatião, os ácidos
ferúlico, o cafeico e o beta-cumárico e carotenóides.


7. Soja

Contém vitaminas A e E, e três do grupo B (B1, B2 e B5). A vitamina ajuda a conservar os epitélios celulares, que revestem as superfícies do corpo e dos órgãos. A vitamina E tem um efeito antioxidante, combatendo os radicais livres.

Possui mais minerais do que qualquer outra leguminosa, sobretudo potássio e fósforo. A relação cálcio-fósforo é essencial para uma boa estrutura óssea.

O potássio tem uma importante acção a nível muscular.

Ajuda a prevenir alguns tipos de cancro, sobretudo na mulher após a menopausa. Alivia os sintomas da menopausa.


8. Frutos secos

Contêm proteínas (entre 14% e 19%), vitaminas do grupo B, aminoácidos, minerais, ácidos gordos poliinsaturados (nozes), ácidos gordos
monoinsaturados e fibra.

Segundo Tiago Osório de Barros, 'as proteínas são imprescindíveis na preservação e formação das estruturas musculares'. As amêndoas, as nozes e as avelãs são as que têm melhores propriedades antioxidantes por causa da sua maior concentração em vitaminas.


9. Chocolate preto

Tem uma grande actividade antioxidante graças aos seus flavonóides, combatendo os sinais do envelhecimento.

Beneficia a dilatação das artérias e o aumento do seu diâmetro. Para além disso, diminui a rigidez aórtica em cerca de 7%. Actua como um antiplaquetário eficaz, prevenindo a formação de trombos.

Estimula as funções cerebrais graças à fenetilamina, um alcalóide que actua como neurotransmissor cerebral.


10. Alho

Tem propriedades anti-sépticas, antifúngicas e antimicrobianas, melhorando a resposta a vírus e bactérias e fungos.

Tem propriedades anti-inflamató
rias e antioxidantes, contribuindo para reduzir o envelhecimento e a degeneração celular, que está na origem de alguns tipos de cancro.

Ajuda a reduzir os níveis elevados de pressão arterial. Reduz o chamado mau colesterol (LDL), aumenta o colesterol bom e previne problemas de disfunção eréctil no homem.


11. Azeite virgem (e azeitonas)

Tem um alto teor de ácido oleico, uma gordura monoinsaturada rica em vitaminas A, D, K e, especialmente, em E, que actuam como antioxidantes.

Reduz o risco de doenças cardiovasculares e controla a tensão arterial.

Favorece a absorção de cálcio, fósforo, magnésio e zinco, tendo por isso um papel importante ao nível da formação e manutenção de ossos fortes e saudáveis.


12. Peixe azul

Prolonga a vida das nossas artérias graças aos seus ácidos poli-insaturados (sobretudo o ómega-3), muito benéficos para o sistema cardiovascular. É rico em minerais e vitaminas, tendo, portanto, uma boa acção antioxidante.

Tem único senão. As espécies provenientes de águas poluídas (sobretudo as que andam menos á superfície) contém mercúrio, um metal pesado que se for ingerido de forma crónica é prejudicial para o organismo.

O mais recomendável é ingerir peixe entre quatro a cinco vezes por semana e variar o mais possível as espécies: cavala, sardinhas, salmão, atum, truta,
anchovas, arenque...


13. Chá verde

Esta bebida é apreciada há mais de 5.000 anos nas culturas orientais. É rica em polifenóis, bioflavonóides e vitaminas A, C e E, o que a torna num elixir antioxidante e anticancerígeno.

Reforça o sistema imunitário, protegendo o organismo de bactérias e vírus prejudiciais. Ajuda a reduzir a gordura corporal e previne as doenças cardíacas. Regula o nível de colesterol.


14. Mel

Os seus minerais são assimilados directamente e contribuem para a manutenção do esqueleto (cálcio) e para a regeneração do sangue (ferro).

Tem um alto poder nutritivo, pelo que é um substituto ideal do açúcar industrial ou refinado. As suas enzimas facilitam a boa assimilação de outros alimentos.

É um bom remédio contra a fadiga, pelo fornecimento de hidratos de carbono de absorção rápida e pela fácil reposição das reservas gastas.


15. Cebola

É uma boa fonte de fibra, vitaminas e minerais, essenciais para o bom funcionamento do organismo. É rica em compostos enxofrados, que fazem parte do seu óleo essencial e que actuam sobre as vias respiratórias, melhorando a expectoração.

Para além das vitaminas C e E, contém flavonóides, entre os quais se destacam as antocianinas e a quercetina, todos eles compostos antioxidantes.


Texto: Madalena Alçada Baptista
Revisão científica: Dr. Tiago Osório de Barros (nutricionista no Espaço Qualidade e Saúde, em Lisboa)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

60 por cento dos portugueses com perímetro abdominal elevado

Sete em cada dez portugueses tem um IMC elevado e um em cada seis tem perímetro abdominal aumentado. Ambos são factores de risco de doenças coronárias. Um homem com mais de 100 cm de perímetro abdominal começa a entrar no grupo de risco, e as mulheres com perímetro abdominal acima de 85 cm acontece o mesmo. Este risco está ligado à gordura intraintestinal acumulada que, está comprovado, tem ligação directa com a ocorrência de problemas cardíacos.

Um projecto de rastreios está a percorrer Portugal, com o objectivo de traçar o diagnóstico do risco cardiovascular dos portugueses. O estudo chama-se "Coração Seguro" e os primeiros resultados foram apresentados em Novembro, no âmbito do 8º Simpósio Anual da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC).

Com 4600 pessoas avaliadas em 156 centros de saúde, os primeiros resultados revelam que 60 por cento dos portugueses têm perímetro abdominal elevado e 70 um índice de massa corporal acima do considerado normal. Embora a média etária dos participantes seja elevada (cerca de 60 anos), estas conclusões preliminares levaram a FPC a reiterar o apelo aos portugueses para que "coloquem a promoção de saúde e a prevenção das doenças cardiovasculares nas prioridades da sua vida pessoal".

A par do tabagismo e sedentarismo, a obesidade é um dos factores que mais contribui para as doenças de coração. No caso do colesterol, outro dos parâmetros avaliados no rastreio, os dados são ainda mais procupantes: 60 por cento dos portugueses sabe que tem o colesterol elevado, mas só metade faz uma medicação para reduzi-lo. E "apenas 20 por cento tem resultados favoráveis", constata Luís Negrão, médico de Saúde Pública da FPC e responsável pelo projecto.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Suplementos amigos do coração

A acção de determinados suplementos na saúde do coração está documentada através de estudos científicos. É com base neles que se podem identificar aqueles que são considerados os melhores protectores do coração.

Antioxidantes: prevenção da oxidação do colesterol
Níveis elevados do mau colesterol (LDL) constituem um risco para a saúde do coração. Mas pior é quando as LDL são oxidadas, tornando-se num perigo muito maior, podendo causar graves danos às artérias. Antioxidantes como a vitamina E, vitamina C e o Selénio são suficientes para prevenir a oxidação do colesterol.
Doses recomendadas para protecção cardíaca: vitamina C – 500 mg/dia; vitamina E – 200 U.I./dia; selénio – 200 mcg/dia.

Ácidos Gordos Ómega 3: estabilizadores de arritmias
Estes ácidos gordos são essenciais à saúde, sendo obtidos a partir de peixes de águas frias. Os Ómega 3 são essenciais para a saúde do coração, uma vez que contribuem para manter os níveis do colesterol e dos triglicéridos baixos, estabilizam as arritmias e reduzem a pressão arterial. Possuem ainda propriedades fluidificantes do sangue, reduzindo a possibilidade deste formar coágulos e provocar enfartes e AVCs.
Dose recomendada: 500 a 1800 mg de EPA e DHA por dia.

Proteína da soja: acção na acumulação das plaquetas
Um número elevado de estudos demonstrou que o consumo regular de proteína de soja reduz os níveis do colesterol total e do colesterol LDL. Adicionalmente, as isoflavonas que entram na composição da soja podem interferir com a acumulação e activação das plaquetas, factores que promovem o desenvolvimento da placa aterosclerótica dentro das artérias.
Dose recomendada: a FDA (Food and Drug Administration) recomenda 24 g de proteína de soja por dia para reduzir o risco de doença cardíaca.

Extracto de Alho Envelhecido (E.A.E.): prevenção de ataques cardíacos
Para quem está a tomar medicamentos para combater o colesterol ou apresenta alto risco de sofrer um ataque cardíaco, adicionar um suplemento especial de alho à dieta pode ajudar a salvar a vida. Investigadores da Universidade da Califórnia (E.U.A.) descobriram recentemente que o Extracto de Alho Envelhecido pode não só reduzir a formação da placa dentro das artérias do coração, mas também reduzir os níveis de homocisteína no sangue – sendo este considerado um factor de risco principal para a doença cardíaca.
Dose recomendada: 1800 a 2400 mg de extracto de alho envelhecido por dia.

Fibras: reduzir o nível do colesterol
As fibras têm uma grande capacidade de absorver água, formando como que um gel ao nível intestinal. Por este motivo, conseguem agregar sais de bílis e colesterol, eliminando-os pelas fezes. Tratam-se de fibras solúveis, detentoras de uma potente acção redutora do nível do colesterol. Por outro lado, revelam-se extremamente benéficas na regulação dos níveis de açúcar no sangue e no controlo do apetite. Exemplo de fibras solúveis: goma guar, glucomanano, fibra de aveia, cevada verde.
Dose recomendada de fibras solúveis por dia: 15 a 20 g

Vitamina B-6, B-12 e Ácido Fólico: diminuição dos níveis de homocisteína
A homocisteína é um composto intermediário que se transforma nos aminoácidos metionina e cisteína. Se houver carências de ácido fólico, vitamina B-12 ou B-6, a homocisteína acumula-se no sangue, activando os factores de coagulação do sangue, tornando-o menos fluido. Isto vai danificar as paredes das artérias e das veias, provocando cicatrizes nestas estruturas, podendo também modificar o colesterol-LDL e agravar a arteriosclerose.
Para diminuir os níveis de homocisteína, a Associação Americana do Coração recomenda as seguintes doses: 1 – ácido fólico: 400 mcg/dia; 2 – vitamina B-6: 2 mg; vitamina B-12: 6 mcg.