quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Deco quer restrições a publicidade de alimentos sem valor nutricional

13 de Março de 2008

Lisboa, 13 Mar (Lusa) - A associação de defesa do consumidor DECO quer que sejam aplicadas restrições à publicidade de alimentos sem valor nutricional, particularmente os destinados a crianças, disse hoje à Lusa Fernanda Santos, coordenadora do departamento de formação da DECO.

"Quando se trata da saúde das crianças, esta deve ser salvaguardada, e devem ser tomadas medidas para restringir este marketing e esta publicidade. O objectivo é que sejam lançadas medidas restritivas em relação à publicidade que é dirigida às crianças, a nível do conteúdo das mensagens comerciais e da quantidade de anúncios", afirmou Fernanda Santos no lançamento de uma campanha nacional de alerta sobre o marketing alimentar.

Fernanda Santos adiantou que a campanha pretende "alertar para o marketing que é dirigido às crianças e que promove essencialmente produtos com muito pouco interesse nutricional, produtos que são ricos em sal, gordura, açucar, e que deviam ter um consumo muito reduzido e muito moderado numa dieta alimentar equilibrada e saudável".

A iniciativa da DECO, que passa pela distribuição de informação e de uma peça de fruta, apela a um marketing alimentar mais responsável, insere-se numa campanha de âmbito internacional, promovida pela Consumers International (federação mundial das associações de consumidores), para assinalar, Sábado, o Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores.

Hoje, para além de Lisboa a Deco promove a campanha também em Viana do Castelo, Porto, Coimbra, Santarém, Évora e Faro.

Para Maria Natividade Martins, uma avó sensibilizada com a iniciativa, "a mudança devia começar pelos pais, mas estes não têm tempo de conversar com as crianças, de maneira que optam pelo mais prático".

Marta Ferreira, que recebeu também informação e uma peça de fruta da DECO, "há produtos que dizem que são saudáveis e depois a composição nutricional não é bem assim".

Para José Pinto, é preciso "começar a escolher produtos que se integrem numa alimentação saudável. Antes tinhamos a dieta mediterrânica e hoje perdemos um pouco esse hábito".

"Tentar induzir as crianças a comer mais sopa, menos doces, salgados, fritos, talvez seja o caminho certo para termos crianças mais saudáveis", concluiu.

ARJ

Lusa/Fim

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Uma em cada três crianças portuguesas têm excesso de peso e serão provavelmente adultos obesos.



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